Comitê de Defesa da Revolução Agrária

Comitê de Defesa da Revolução Agrária
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17 de fev. de 2010

''O socialismo está na moda'', declara a revista semanal norte-americana Newsweek!

Tal e como o diz a direita, vivemos atualmente nos Estados Unidos Socialistas da Europa. Mas que têm a dizer sobre a crise econômica global aqueles que se definem como socialistas (e seus amigos progressistas)?

Em meados de 2007, eclodiu a crise das hipotecas imobiliárias na meca do capitalismo globalizado.  Era a ponta de um iceberg.  Desde então, de espanto em espanto, o pensamento único vem se desmilingüindo.  As cifras são estapafúrdias.  Falou-se que a financeirização da economia capitalista produziu uma bolha de 600 trilhões de dólares em ativos financeiros para um produto bruto mundial de 60 trilhões de dólares.   Essa é a pior crise do capitalismo desde 1929.  Ela já vem produzindo reviravoltas inesperadas: a intervenção do Estado na economia vem sendo reclamada por economistas que até a véspera defendiam o receituário neoliberal, sem margem para controvérsia.

A atual crise econômica não se limita a uma questão de estatísticas, nem se reduz ao devastador impacto social do desemprego e da incerteza.   Com a debacle mundial, fez água uma particular visão do mundo que pareceu dominante e irreversível com a queda do muro de Berlim.  Essa visão se cristalizou em algumas frases famosas como o "fim da história" de Francis Fukuyama, "a sociedade não existe" da primeira ministra britânica Margaret Thatcher ou os 10 mandamentos do consenso de Washington que impulsionavam a liberalização-desregulamentação-privatização global.Depois de décadas de ser relegado ao plano do esquecimento e de acusações  de  incompreensão do mundo real e da dinâmica econômica, as idéias de Karl Marx estão novamente no  centro das atenções com a recente e inexorável crise do sistema capitalista. Liberais e neoliberais de plantão estão descobrindo pela força da tragédia econômica que suas idéias não estão tão ultrapassadas como diziam e nem podem ser relegadas como queriam.

16 de fev. de 2010

PCdoB já não faz reunião em cima da padaria!

Os comunistas estão chegando. Comunistas de carteirinha. Comunistas de todas as partes do Planeta: Grécia, Argélia, Vietnã, Itália, Noruega, Índia, Líbano, Venezuela, Letônia.

A lista é imensa. Mais de 70 países enviarão representantes para o encontro que acontece na próxima semana, em São Paulo.Desde 1998, quando os PCs voltaram a se articular (numa tentativa de superar a ressaca gerada pela queda da União Soviética), este já é o Décimo Encontro Internacional de Partidos Comunistas e Operários.

Os sete primeiros foram organizados pelos comunistas gregos, depois o encontro passou por Portugal (2006) e Rússia (2007), antes de chegar ao Brasil em 2008.Será que estamos assistindo à criação de uma nova ''Internacional Comunista''? Quais serão os temas em debate no encontro?

 Voltarei a essas questões em outro texto. Agora, peço licença para algumas reminiscências.O anfitrião do Décimo Encontro será o PCdoB, partido mais antigo do Brasil – se levarmos em conta que ele é o herdeiro do velho partidão fundado em 1922 (o PPS, que formalmente seria a continuação do PCB, não pode reivindicar essa herança, já que abriu mão de sua história, entregou os pontos, virou sub-legenda tucana e liberal).A turma do PCdoB deve estar orgulhosa.O Partido legalizado vai receber, num hotel do centro de São Paulo, comunas de tudo que é canto do mundo.

Quanta diferença de 20 anos atrás!Em meados da década de 80, meu irmão Fernando e eu (na época, estudantes secundaristas) nos aventuramos em reuniões semi-clandestinas do PCdoB. O partido – destroçado pela derrota no Araguaia - tinha acabado de obter a legalidade. As reuniões na zona sul de São Paulo aconteciam numa espécie de sobreloja, em cima de uma padaria no bairro da Vila Mariana.

Lembro do ambiente quase monástico, cadeiras velhas de madeira, cartazes de Stálin e da Albânia (sim, pra quem não sabe, o PCdoB naquela época defendia o socialismo de ''linha albanesa'').

Lembro, ainda, de um militante com uma cicatriz grande no rosto, descendente de japoneses, que comandava as reuniões. Na minha ingenuidade juvenil, ficava a pensar: “será que ele foi guerrilheiro, será que essa cicatriz é marca da luta armada?” Nunca tive coragem de perguntar. Sei que o cara ligava pra minha casa, avisando das reuniões; minha mãe queria saber quem era, e ele dizia apenas: ''aqui é o Paulo, do movimento estudantil''. O sujeito tinha medo de dizer o nome ''PCdoB'' e espantar aquela mãe de classe média. Resquício da longa clandestinidade.Minha trajetória no PCdoB não durou mais do que duas ou três reuniões.


Segui outros caminhos (o que não me impede de reconhecer que – ao longo dos anos - encontrei no PCdoB alguns dos militantes socialistas mais dedicados, sérios, patriotas, e realmente interessados no bem do Brasil).

 Meu irmão, Fernando, ainda usou durante alguns meses um broche do PCdoB. Comprou livros sobre a Albânia e, na hora do jantar, tentava convencer meu pai sobre as vantagens do ''socialismo albanês''.O Paulo, do movimento estudantil, eu nunca mais vi. Meu irmão Fernando virou antropólogo e (em vez da Albânia) hoje vive na Argentina, enquanto eu tento ser jornalista aqui mesmo no Brasil.

O farol do socialismo albanês já se apagou há muitos anos... Mas a idéia de lutar por um mundo mais justo essa não vai se apagar nunca!

O PCdoB, que já possui sede própria (com papel passado em cartório), que tem site na internet (o melhor entre os partidos de esquerda) e até Ministro de Estado em Brasília, agora vai organizar esse encontro internacional num hotel bacana de São Paulo!Essa eu quero ver! Nem que seja pra depois contar pro meu irmão, e relembrar com ele os tempos das reuniões em cima da padaria.

Autor: Rodrigo Vianna



Os puritanos e o seu desenvolvimento na Inglaterra!

A crise financeira pelo não pagamento de impostos em 1640, fez com que o rei convocasse novamente o parlamento, mas um mês depois foi novamente dissolvido por não aceitar aumentar os impostos como era a vontade do rei. Em 1641, o parlamento se dividiu entre líderes radicais e a aristocracia juntamente com os burgueses capitalistas. Em 1642, o rei tentou retomar seu poder indo contra medidas parlamentares e isso gerou a Guerra Civil em 1642.O parlamento que contou com os presbiterianos e os puritanos como aliados venceram o rei Carlos I que tinha os anglicanos e os católicos aliados a ele. O parlamento conseguiu vencer o rei com o exército de Oliver Cromwell. Cromwell recebeu o comando do exército e o tornou mais eficiente. Os postos oficiais então passaram a ser por merecimento e o povo assim participou da revolução.A burguesia passou a temer o rei ao ver que o povo influenciava nos fatos acontecidos. O exército de Cromwell foi influenciado pelas idéias democráticas que favoreceu proletários urbanos e rurais que não tinham terras. Em 1649, foram dizimados pelo exército de Cromwell quando apossaram de terras e começaram a cavá-las para mostrar que lhe pertenciam. Outros movimentos surgiram, mas todos foram reprimidos por Cromwell que, muito disciplinado se tornou uma força política poderosa. Cromwell então ocupou cidades, ajudou na fuga dos parlamentares e assumiu o controle da situação mandando decapitar o rei. A guerra civil findou em 1649 com a implantação da República.

Guerrilheiros maoístas avançam no país de Gandhi !

A Índia está vivendo o auge da insurreição naxalita dirigida pelo PCI(Maoísta).Existe ainda outra organização armada impulsionada pelo Partido Comunista Marxista-Leninista-Guerra Popular.Estes dois grupos promoveram um grande boicoite as rel eleições realizadas em abril do ano passado.Milhares de Urnas foram incendiadas e 19 agentes do serviço de repressão do Estado indiano foram mortos.Os guerrilheiros maoístas atuam em 14 dos 28 estados da Índia,o que em números, significa que os maoístas controlam 182 dos 602 distritos.Sua progressão acelerada indica que começa a se estender para as cidades, especialmente as zonas operárias de Delhi, Mumbai, Raipur, Pune e Jammu, onde alternam as ações propagandísticas com as militares.O próprio governo indiano calculava em 2007 que de 30% a 35% do território estavam sob controle maoísta, porcentagem que deve ter crescido acentuadamente.Os êxitos revolucionários no campo são inquestionáveis: nem a polícia nem os funcionários estatais se atrevem a entrar em Bastar, uma extensa zona do estado de Chhattisgarh, de uns 100 mil km², e suas ações contra os paramilitares da Salwa Jumud*,estão provocando a desmoralização e deserção destes mercenários nos combates.A vitória da Revolução Democrática Popular neste país de 500 milhões de habitantes resultará num inevitável colapso do capitalismo e revisionismo mundial.Esta Revolução acabará com todos os poderes imperialistas do mundo, a começar pelo do USA, que lidera o imperialismo mundial.

*Salwa Judum ou ''Marcha pela Paz''-Grupo para-militar de extrema-direita formado por latifundiarios e que recebe ajuda do governo para combater a guerrilha maoísta.